sexta-feira, 2 de março de 2012

Volto à Casa do Pai

 
                 “O filho lhe disse, então: ‘Meu pai, pequei contra o céu e contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho.’ Mas o pai falou aos servos: ‘Trazei-me depressa a melhor veste vesti-lha, e ponde-lhe um anel no dedo e calçado nos pés.’” (Lc 15, 21-22)

            Taí uma parábola onde vesti a carapuça, não uma, mas muitas vezes. Em muitos momentos na vida, disse a Deus: 'Tô fora!' E saí por aí, jogado nesse “mundão”, até que me vi na lama, e percebi que só com Deus encontro a verdadeira felicidade. Vamos, então, olhar para essa parábola (Lc 15, 11-24).
       
              Num primeiro olhar, aquele rapaz, materialmente, tinha tudo; aparentemente, era uma família com uma condição financeira boa, pois, para o pai abrir mão de metade de seus bens, é porque sobraria uma boa quantia. Seu pai tudo lhe dava, devia fazer todas as suas vontades. Mas, mesmo assim, aquele jovem não era feliz, talvez por se sentir preso naquele “mundinho”, queria mais, conhecer lugares, pessoas, experimentar coisas novas. E esse pai era tão bom que lhe deu sua parte na herança e o deixou partir. Jovem é, por natureza, aventureiro, incansável; e esse rapaz não era diferente. Ele se jogou no mundo, experimentou de tudo um pouco, sexo, drogas, bebidas, estava, como se diz, “daquele jeito”. Só que dinheiro, por mais que se tenha, quando não aplicado, acaba, e aquele jovem ficou na miséria. Sem dinheiro, os “amigos” somem, as periguetes somem, nada mais resta. E ele, que sempre teve tudo, teve que trabalhar duro, e num chiqueiro. É exatamente assim que o Demônio faz, parece que nos dá tudo, deixa a gente acreditar que é feliz, que tudo podemos, que somos “o cara”, mas ele, que só quer nos destruir, tira tudo e nos deixa, literalmente, na fossa. Imagina só, aquele jovem desejava comer lavagem, que deveria ser melhor que o que lhe davam. E foi ali na lama, que ele se arrependeu e, humildemente, resolveu voltar para o pai.
            Enquanto isso, como será que estava o pai? Fico imaginando quantas vezes o pai olhou para o horizonte, esperando o filho voltar; mandou preparar túnicas, anéis, sandálias, engordar bois, para que, quando voltasse, o filho tivesse o que vestir, o que calçar, o que comer. Penso em quantos o desencorajavam, dizendo: “Esse rapaz não volta, perca as esperanças.” E ele permanecia firme, nunca deixou de acreditar no filho, que ele fosse voltar para casa.

            E o filho voltou, justamente quando o pai olhava para o horizonte. Ao ver o jovem, o pai correu ao seu encontro, dando-lhe um forte abraço; nem dá para medir a alegria daquele pai. Nem deixou o filho pedir perdão direito, nada mais importava, seu filho estava morto e reviveu, tinha se perdido e foi achado (versículo 24).

            Deus é esse pai, o nosso Pai, que tudo nos oferece, que parece nos ”mimar”, e nós, jovens, sempre insatisfeitos, querendo novas aventuras, não nos contentamos e vamos embora. E Ele deixa que sigamos, mas nunca nos abandona. Acredite, até quando você peca, seja que pecado for, Deus está do seu lado. Ele nunca, em hipótese alguma, nos abandona. E, ansiosamente, Ele espera a nossa volta.

           Não tenha medo de voltar para Deus; não importa por onde tenha andado, o que tenha feito, para Ele só importa que se arrependa e não peques mais. Porém, se, ainda assim, pecar de novo? Aí, Deus vai estar, novamente, olhando para o horizonte, esperando você voltar. E, num forte abraço, vai te receber, te dar roupas novas, anel, sandálias, vai mandar matar um gordo novilho e dar uma grande festa, pois o filho pródigo voltou.

              Agora, reza comigo:

         Senhor, sei que não sou digno nem de olhar em Teus olhos, mas estou aqui, Senhor, implorando Teu perdão. Perdão, Senhor, pois agi como um filho de sei lá quem, mas não como filho de Deus. E quero voltar, voltar aos Teus braços, voltar à tua vontade, voltar para onde sempre foi o meu lugar. Amém!!!

                                            

                                                                                                                              

         


                                                                                                                  
 Rodrigo Simeão (PJC)




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